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NOSSA HISTÓRIA

A história da Faculdade de Medicina do Ceará remonta ao início do século XX, quando o Brasil passava por profundas transformações na área da saúde pública. O movimento sanitarista, aliado aos ideais de formação nacional e desenvolvimento urbano, desempenhou um papel fundamental nesse processo.

Os Precursores

Em 1913, o Centro Médico Cearense (CMC) foi criado pelo Dr. Manuel Duarte Pimentel, inicialmente denominado Associação Médica e Farmacêutica. Essa agremiação reuniu médicos, farmacêuticos e cirurgiões-dentistas e teve um impacto significativo na elaboração de políticas de saúde em Fortaleza. Além de promover a sociabilidade, o CMC estabeleceu as bases para a prática acadêmica da medicina no Ceará por meio de sua revista “Norte Médico” e, posteriormente, “Ceará Médico”.

Congressos Médicos e Manifestações Favoráveis

Os debates acadêmicos do CMC culminaram na realização do primeiro Congresso Médico Cearense em 1935. Patrocinado pelo Governo do Estado, esse evento reuniu 104 congressistas, promovendo atividades como visitas a unidades de saúde e ao açude Acarape, que abastecia a capital na época.

Outro evento crucial foi o Congresso Brasileiro de Médicos Católicos, realizado em 1946, em Fortaleza. Esse evento, que contou com cerca de 500 participantes de todo o Brasil, impulsionou a ideia de uma faculdade de medicina no Ceará.

A Criação da Faculdade

Em 1947, o médico Jurandir Picanço reuniu colegas em sua casa para criar a Sociedade Promotora da Faculdade de Medicina do Ceará, com César Cals de Oliveira como presidente de honra.

Em 1º de março de 1948, a Faculdade de Medicina foi oficialmente instalada e concedida autorização em 13 de abril, sob a direção do Instituto de Ensino Médico. Em 16 de abril, o professor João Batista Saraiva Leão foi eleito o primeiro diretor da Faculdade.

Os Primeiros Passos

O primeiro processo seletivo da Faculdade ocorreu em 26 de abril de 1948, com uma seleção oral para 60 vagas. A aula inaugural foi realizada em 12 de maio por Alfredo Alberto Pereira Monteiro, diretor da Faculdade Nacional de Medicina.

Reconhecimento e Crescimento

A Faculdade de Medicina do Ceará foi oficialmente reconhecida em 1951, por meio de um decreto assinado pelo presidente Getúlio Vargas e pelo ministro da Educação, Ernesto Simões Filho. Até 1954, a instituição foi mantida pelo Instituto de Ensino Médico, sendo federalizada em dezembro do mesmo ano.

As atividades da Faculdade ocorreram no Centro de Fortaleza até julho de 1957, quando a instituição se transferiu para o Porangabuçu, local que recebeu o início das obras do Hospital Carneiro de Mendonça em 1944.

Expansão e Inovação

A expansão da Faculdade de Medicina incluiu a criação de novos cursos no interior do estado, como Barbalha e Sobral, a partir de 2001. Essas iniciativas visavam aumentar o número de profissionais médicos, melhorar os sistemas de saúde e democratizar o acesso à formação médica.

A instalação do curso federal de formação médica na região Norte possibilitou a implantação dos primeiros programas de Residência Médica no interior do Estado do Ceará, na Santa Casa de Misericórdia de Sobral e no Sistema Municipal de Saúde; assinalando a certificação da Santa Casa como primeiro hospital de ensino do interior cearense. Além disso, a criação de programas de pós-graduação lato sensu contribuiu para a qualificação de egressos do curso, como estratégia de fixação de médicos na região Norte. O Curso de Medicina foi um eixo estruturante para o Campus da UFC em Sobral, instalado em 2006.

Em Barbalha, as atividades tiveram início em 28 de abril de 2001, na antiga sede do Colégio Santo Antônio. Lecionando para uma turma de 40 alunos havia, no início, apenas 3 docentes. Atualmente o curso integra a Universidade Federal do Cariri (UFCA), desmembrada da UFC em 2013. 

O Contexto Atual

Atualmente, a Faculdade abriga com orgulho os cursos de Medicina e Fisioterapia, contribuindo para a formação de profissionais de saúde desde sua fundação. Até o ano de 2022, celebramos a graduação de 119 turmas de Medicina, o que corresponde a um total de 8.999 médicos qualificados, e 8 turmas de Fisioterapia, somando 253 fisioterapeutas de alta competência.

Nossa equipe docente é composta por 259 professores, dos quais 80% possuem doutorado, demonstrando o compromisso com a excelência acadêmica. Quanto aos nossos discentes, temos 2036 alunos matriculados, dos quais 1152 estão focados em graduação, divididos entre 931 na área de medicina e 183 em fisioterapia. Além disso, contamos com cerca de 884 alunos engajados em programas de pós-graduação. A equipe administrativa também desempenha um papel vital em nossa instituição, composta por 132 servidores técnico-administrativos dedicados. 

A estrutura da Unidade é notável, abrangendo 45 salas de aula bem equipadas, 8 auditórios para palestras e eventos acadêmicos, e 3 biotérios de padrão internacional, garantindo pesquisas de alta qualidade. Nossos laboratórios abrangem diversas áreas do conhecimento, incluindo 3 laboratórios especializados em habilidades clínico-cirúrgicas. Nosso campus conta com um restaurante universitário e uma biblioteca de apoio à pesquisa.

Nosso compromisso com a comunidade e a pesquisa é evidente através de mais de 500 projetos de extensão, 12 programas de pós-graduação e 5 núcleos de pesquisa. Além disso, temos orgulho de contar com mais de 500 projetos de pesquisa em desenvolvimento.

Uma Nova Era

A Faculdade de Medicina da UFC continua sua trajetória de excelência, oferecendo formação de qualidade e contribuindo para o avanço da medicina e da saúde pública em nosso estado e país. Com seu compromisso com o desenvolvimento regional e global da saúde, a Faculdade de Medicina do Ceará se mantém na vanguarda da educação médica e pesquisa no Brasil.

Ampliando horizontes: a inclusão do curso de fisioterapia

A criação do Curso de Fisioterapia da UFC foi viabilizada por recursos oriundos do Reuni – Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais. Uma das principais justificativas para a criação do novo curso na UFC foi a inexistência de curso de graduação em fisioterapia de natureza pública no Estado do Ceará. Assim, nos termos da Resolução nº 12/2009 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – CEPE, foi aprovado, em 29 de abril de 2009, o projeto de implantação do Curso de Fisioterapia da UFC.

O funcionamento formal do Curso de Fisioterapia da UFC teve início em fevereiro de 2010, com o início das aulas para os primeiros quarenta alunos do curso, selecionados pelo Vestibular 2010.

Ao longo de todo o ano de 2010 foram recebidos e instalados equipamentos de alta tecnologia, específicos para o ensino da Fisioterapia, com os quais os alunos vêm desenvolvendo atividades práticas sob a orientação da equipe de professores, composta atualmente por trinta docentes.

No decorrer dos anos, desde da criação do curso até os dias atuais, o curso de Fisioterapia da UFC conta com mais de 17 programas de Extensão nas mais diversas áreas da fisioterapia destinando suas ações para assistência à comunidade.

No ano de 2017 iniciou-se o DINTER, programa de Doutorado Interinstitucional em Ciências  da Reabilitação em uma parceria do curso de Fisioterapia da UFC e o curso de Fisioterapia da Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG. Tal programa proporcionou aos professores do curso de Fisioterapia da UFC e docentes de outras IES a fazerem parte da referida pós-graduação que é referência no País.

Ainda no ano de 2017, o Curso de Fisioterapia da UFC recebeu uma homenagem do Governo do Estado do Ceará pela nota máxima no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes – ENADE.

O Curso atualmente está em seu nono ano, e a totalidade do seu corpo docente é formado por doutores e doutorandos nos mais diversos programas de pós-graduação Stricto Sensu no Brasil e exterior.

Quanto aos egressos do curso de Fisioterapia da UFC, desde a primeira turma, em sua totalidade estão inseridos no mercado de trabalho, residências multiprofissionais, aperfeiçoamentos, programas de pós-graduação (Lato e Stricto Sensu) e o exercício da docência.