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Uma força tarefa de pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e do Instituto da Primeira Infância (IPREDE) iniciaram, este mês, os primeiros passos de um estudo para identificar o transtorno do espectro autista (TEA) de forma precoce. A ideia é que já no teste do pezinho seja possível a identificação do autismo de maneira mais precisa.

Conforme pontua o Prof. Sulivan Mota, do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Medicina da UFC, presidente do IPREDE e um dos integrantes da pesquisa, hoje, o diagnóstico do transtorno é feito de forma subjetiva, através da observação das características no comportamento, o que só é possível de forma mais precisa em crianças de 2 anos e meio a 3, quando cedo. 

A pesquisa deve examinar o sangue e a urina de crianças nascidas na Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC), com o objetivo de buscar a precisão no diagnóstico o mais cedo possível. O intuito da investigação é verificar se, nesses fluidos, é possível identificar proteínas que sejam específicas de pessoas que se encontram dentro do espectro autista

Essa será a segunda etapa de estudos com a população com TEA feita pela mesma equipe de pesquisadores. Na primeira, realizada de novembro de 2020 a novembro de 2021, foram analisadas amostras de saliva de 75 crianças atendidas pelo IPREDE, das quais 34 previamente diagnosticadas com TEA e outras 41 sem o transtorno. A pesquisa apontou 25 proteínas que só estavam presentes em crianças com TEA. Dessas 25 proteínas, 8 são consideradas pelos pesquisadores como possíveis biomarcadores, isto é, identificadores biológicos de pessoas com essa condição. 

Esse estudo pioneiro é o tema da reportagem desta semana da Agência UFC, o canal de divulgação científica da Universidade. A matéria esclarece como serão feitos os testes e de que forma eles podem contribuir para um diagnóstico preciso e precoce do TEA, impulsionando os resultados positivos dos tratamentos.

Fonte: site da UFC e Prof. Sulivan Mota, do Departamento de Saúde Materno-Infantil da Faculdade de Medicina da UFC e presidente do IPREDE – e-mail: sulivan.mota@iprede.org.br