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Quais os bairros/áreas têm maior propensão de epidemia grave da COVID-19 em Fortaleza? Esse é o mote principal de um estudo lançado recentemente por um grupo interdisciplinar de pesquisadores brasileiros, incluindo docentes do Departamento de Saúde Pública da FAMED/UFC; do departamento de Engenharia de Transportes, também da Universidade; da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz – Escola Nacional de Saúde Pública, Ensp); e da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ – Instituto de Medicina Social, IMS), em parceria com a Prefeitura Municipal de Fortaleza (Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos).

A partir da análise de 119 bairros da cidade, o estudo identificou os 10% classificados com maior propensão à epidemia grave por COVID-19 ao longo de todo o ciclo epidêmico: Aldeota, Cais do Porto, Vicente Pinzon, Praia do Futuro I, Praia do Futuro II, Arraial Moura Brasil, Barra do Ceará, Canindezinho, Centro, Cristo Redentor e Edson Queiroz, José de Alencar, Presidente Kennedy, Papicu e Vila Velha.

A estimativa de propensão dos bairros foi baseada na combinação de diferentes indicadores, como a carga de infectividade e o índice de vulnerabilidade epidêmica populacional. O relatório com os principais achados já está disponível. Nele, além dos procedimentos metodológicos, estão apresentados os resultados e as recomendações potenciais, feitas pelos pesquisadores. Dentre elas, reforça-se o isolamento social e  necessidade de atuação das equipes de atenção primária à saúde no desenvolvimento de ações específicas dentro de seu território, principalmente agentes comunitários de saúde e agente de combate a endemias.

O estudo busca influenciar positivamente a resposta do Município de Fortaleza à epidemia da SARS-CoV-2 como crítico problema de saúde pública, possibilitando aos gestores a adoção de medidas baseadas em evidências consistentes.

Mais informações podem ser obtidas no site http://www.saudedigital.ufc.br/, página destinada às informações compiladas pelo Comitê de Enfrentamento à COVID-19 na Faculdade de Medicina.