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No final do mês de janeiro de 2021, o Ceará se tornou o segundo estado no Brasil a utilizar a técnica Autópsia Minimamente Invasiva (AMI). O procedimento foi realizado no Serviço de Verificação de Óbitos Dr. Rocha Furtado, da Secretaria da Saúde do Ceará, a partir de um projeto de pesquisa que envolve várias instituições, pesquisadores e alunos de pós graduação, incluindo a Faculdade de Medicina da UFC (FAMED/UFC).

Com o título “Validação da técnica de autopsia minimamente invasiva (Minimally Invasive Autopsy – AMI) para ampliação da sensibilidade da vigilância de óbitos por arboviroses no Ceará, nordeste do Brasil”, o projeto é coordenado pelo Biólogo e professor da FAMED, Dr. Luciano Pamplona, e constitui pesquisa de Doutorado da Drª Deborah Nunes (patologista), médica e atual Diretora do SVO, aluna da primeira turma do Programa de Patologia da UFC e do Mestrado Acadêmico em Saúde Coletiva da Drª Tania Mara Coelho (infectologista), atual Diretora do HSJ; ambas sob orientação do Prof Pamplona. 

Sobre o projeto

O projeto foi viabilizado a partir do interesse do Ministério da Saúde em validar o uso dessa técnica no Brasil e escolheu o Ceará em virtude da experiência do grupo que estuda arboviroses, coordenado pelo Professor Pamplona. A partir de uma primeira conversa com a SVS/MS, foi viabilizada a colaboração com o grupo do Departamento de Anatomia Patológica e de Microbiologia do Hospital Clínic de Barcelona e Instituto de Salud Global de Barcelona (ISGlobal). Além disso, a parceria mais recente, e que tornou possível o início do projeto em tempos de COVID-19, deu-se após o apoio fundamental do professor Paulo Saldiva (patologista), coordenador da Plataforma de Imagem na Sala de Autópsia (PISA), da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP), em São Paulo. Com a pandemia e o impedimento da equipe de se deslocar para o treinamento em Barcelona, as Dras Tania Mara Coelho e Deborah Nunes foram treinadas em São Paulo pela equipe do Professor Paulo Saldiva (Jair Theodoro Filho – técnico de necropsia e da Dra Renata Monteiro – ultrassonografista) e serão as responsáveis por implantar a técnica no Ceará.

O projeto conta com a parceria da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (SESA-CE), do Serviço de Verificação de Óbitos Dr. Rocha Furtado (SVO-RF), do Hospital São José de Doenças Infecciosas (HSJ) e do Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN-CE). A iniciativa congrega professores e pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC), do Centro Universitário Christus (UNICHRISTUS) e da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ/CE), além de alunos de graduação em medicina, bolsistas de iniciação científica.

Com informações do Programa de Pós-Graduação em Patologia – http://www.ppgpatologia.ufc.br

(Foto: Programa de Pós-Graduação em Patologia)