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Equipe envolvida na ação. (Foto: Divulgação HUWC)

Estimular a educação em saúde e garantir assistência às populações em situação de rua no Centro de Fortaleza. Esse foi o mote de um mutirão assistencial realizado no último sábado, dia 13 de junho, na Praça do Ferreira. O projeto contou com a participação de docentes, acadêmicos da área da saúde, residentes e profissionais vinculados à Faculdade de Medicina da UFC (FAMED) e ao Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC/Ebserh), além de grupos de arte-educação parceiros da FAMED. 

A iniciativa é uma ação do grupo de trabalho (GT) em Saúde das Populações Vulneráveis e Mobilização Social, vinculado ao Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da Faculdade. Esta foi a primeira ação assistencial do GT, que desde o mês de março realiza conferências online com transmissão nacional para discutir a situação de vulnerabilidade social no Brasil diante da atual pandemia.

Ao todo, cerca 30 profissionais foram mobilizados para atendimento e organização, resultando em torno de 60 pessoas atendidas durante todo o mutirão, que se estendeu das 8h às 12h da manhã de sábado (13/06). Segundo o Prof. Marcos Rabelo, um dos coordenadores do GT, o projeto superou as expectativas, de modo que novas edições podem acontecer durante as próximas semanas.  

“No início, não sabíamos como seria a receptividade, mas tudo funcionou bem. Tivemos quatro tendas separadas e, nesse primeiro momento, 60 senhas ficaram disponíveis. Todas foram preenchidas para atendimento. A ideia é continuar com o projeto, com mutirões mensais, inclusive pensando num cenário de prática para internato, para a residência… Porque essa populações não têm acesso assistencial por vias oficiais com facilidade, eles são invisíveis ao sistema de saúde.”, afirma.

60 fichas foram distribuídas para atendimento durante o mutirão. Todas preenchidas. (Foto: Divulgação HUWC)

Também estiveram à frente do projeto as professoras Vilena Barros de Figueiredo e Renata Bessa Pontes, do Departamento de Fisioterapia da UFC e coordenadoras do GT de Saúde das Populações Vulneráveis; o prof. Marco Túlio, coordenador do GT de Atenção Primária à Saúde e Medicina da Família e Comunidade; o Prof. Alberto Novaes, presidente do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da FAMED; além das discentes Letícia Maria Cavalcante Campos, representante do curso de Fisioterapia e Rafaela Barros, representante do curso de Medicina, que destacou a importância do momento para a formação acadêmica e profissional: 

“Em 5 anos e 7 meses de Faculdade, eu nunca tinha visto ou participado de algo tão bonito, horizontal e socialmente referenciado no que diz respeito à saúde de populações vulneráveis. Então, no computo geral, esse mutirão representa um romper de fronteiras invisíveis Faculdade x Comunidade. Agora a missão é que o GT se fortaleça e que possamos expandir para que mais e mais acadêmicos tenham essa experiência no currículo da vida”

A ação também envolveu residentes e acadêmicos de medicina no internato do Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) e de outras instituições, como a Universidade de Fortaleza, a Escola de Saúde Pública e o Hospital Infantil Albert Sabin, além de médicos especialistas voluntários, como a endocrinopediatra Ana Paula Montenegro, da Pediatria do HUWC e a profa. Luzete Costa, médica e docente no Departamento de Cirurgia da FAMED/UFC.

Sobre o GT em Saúde das Populações Vulneráveis e Mobilização Social

O GT é uma iniciativa do Comitê de Enfrentamento à Covid-19 da FAMED/UFC. O Grupo de trabalho tem como foco ações para discutir a saúde das populações vulneráveis durante a pandemia atual. A ideia é mapear estratégias a curto prazo de enfrentamento da Pandemia no contexto dessas populações, refletindo o processo saúde-doença e como ele está relacionado com as opressões sociais a que estas estão populações submetidas.

Contato:

gtsaudepopnegligenciadas@gmail.com