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A quais riscos estão sujeitos os profissionais de saúde que cuidam de pacientes com Covid-19? Esse é o mote de uma pesquisa nacional que vem sendo desenvolvida pela FAMED/UFC, pelo Instituto Evandro Chagas (Pará), pelo Instituto Aggeu Magalhães – FIOCRUZ (Pernambuco), pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e pelo Hospital Moinhos de Ventos (Rio Grande do Sul).

Intitulado “Avaliação de Riscos de Profissionais de Saúde Que Cuidam de Pessoas com Covid-19”, o estudo acontece em diferentes etapas e tem como objetivo identificar o impacto do novo coronavírus entre esse grupo. Nesta semana, começou a etapa cearense da pesquisa, coordenada pela Profa. Dra. Lígia Kerr, do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina.

Sobre o estudo

Além de avaliar a prevalência da covid-19 (proporção daquele grupo que foi afetada pela doença), o estudo deve estimar taxas de absenteísmo, como tem sido o uso de equipamentos de proteção individual e ainda questões relacionadas à saúde mental desses profissionais, em um dos mais completos levantamentos do gênero realizados até agora.

Os pesquisadores usarão uma metodologia chamada de Respond Driven Sampling (RDS), na qual um profissional convida até cinco outros e não há contato direto entre o pesquisador e a pessoa que participa da pesquisa. A primeira parte consiste de uma etapa qualitativa com entrevistas de profundidade com 50 profissionais-chaves. No Ceará, a pesquisa terá como recorte grupos de médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem. Em Recife, também participam fisioterapeutas.

A segunda fase é quantitativa e tem como meta mapear a situação de 1.750 entrevistados. A pesquisa prevê que cada um dos 50 primeiros entrevistados indique outros 5, que, por sua vez, irão sugerir mais cinco para participar do projeto, em um modelo de “bola de neve”.

Todos receberão um link para um questionário curto por meio de aplicativo no telefone celular específico para a pesquisa. Esse mesmo procedimento será repetido em dois, quatro e seis meses, de modo a gerar uma série histórica que permite o acompanhamento do grupo.

O aplicativo possibilitará a coleta de dados e o monitoramento dos profissionais de saúde. Além disso, garantirá o sigilo e evitará a entrevista presencial. O aplicativo se utiliza de um sistema de associação do código identificador com as respostas dos participantes, o que preserva seu anonimato.

Fonte: site UFC e Profª Lígia Kerr, coordenadora-geral da pesquisa – fone: (85) 99988 8866